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Building Better Global Economic BRICs”

  • Foto do escritor: Carlos Honorato Teixeira
    Carlos Honorato Teixeira
  • 15 de jul.
  • 2 min de leitura

Jim O’Neill (Goldman Sachs, 2001)


Em 2001, o economista Jim O’Neill, do Goldman Sachs, publicou o paper “Building Better Global Economic BRICs”, que se tornaria a fundação conceitual do bloco que viria a ser conhecido como BRICS. A ideia central do estudo era que quatro grandes economias emergentes — Brasil, Rússia, Índia e China — apresentavam características demográficas, macroeconômicas e comerciais que as posicionariam como protagonistas do crescimento global nas décadas seguintes.


O’Neill destacou que, embora esses países tivessem uma participação relativamente modesta no PIB global nominal (cerca de 8% à época), sua influência era subestimada, principalmente quando se considerava o PIB ajustado por paridade de poder de compra (PPP), onde juntos já respondiam por mais de 23% da economia mundial. Com taxas de crescimento superiores às das economias desenvolvidas, a projeção era de que os BRICs ganhariam peso rapidamente e passariam a ter um papel fundamental na dinâmica global.


O estudo não apenas identificava esse potencial de crescimento, mas também propunha que fóruns de governança global — como o G7 — fossem repensados para incluir essas economias emergentes. O autor sugeria que, em vez de continuar centrados em países como Canadá ou Itália, com menor dinamismo, os fóruns internacionais deveriam incluir China, Brasil ou Índia, refletindo a nova geografia econômica do século XXI.


Além disso, o paper sugeria que as empresas e investidores globais repensassem suas estratégias, pois a próxima onda de crescimento e consumo em larga escala viria desses mercados. O Goldman Sachs apontava que, se bem geridas, essas economias poderiam ultrapassar muitas das potências tradicionais em termos absolutos já nas décadas seguintes — começando pela China, que superaria a Alemanha e, depois, os EUA em tamanho de PIB.

Por fim, o artigo deixava clara uma visão estratégica: o futuro da economia global não estaria mais nas mãos exclusivas das economias desenvolvidas, mas passaria cada vez mais pelos BRICs. Essa provocação deu origem a uma série de debates, estudos complementares e, eventualmente, à articulação política que consolidou o BRICS como bloco diplomático em meados da década seguinte.




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